Mario Queiroz relembra 20 anos de carreira

Moda Masculina

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Estilista de moda masculina, jornalista, escritor, empresário, consultor e professor de moda. Mario Queiroz é dono de uma carreira respeitada, fez história nas passarelas nacionais. O desejo do estilista em realizar um trabalho voltado aos homens com “gosto” pela moda levou a criação da marca QM, em 1995. Participou do Phytoervas Fashion, Semana de Moda – Casa de Criadores e desfilou por dezesseis edições na São Paulo Fashion Week. Ufa! Haja história. Quer mais? Mario Queiroz é o cara!

Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, Queiroz estudou jornalismo na UFF-RJ, mas sempre atuou como designer de moda. Já desenvolveu coleções para marcas de vários segmentos, do jeans a moda infantil, do surfwear ao streetwear.

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Croqui Verão 2009 | Croqui 1997

20 anos de carreira, de trabalho arduo e estudo. Mario foi o primeiro estilista brasileiro a ter título de doutor. O estudo, garantiu o doutorado em Semiótica: As Representações de Masculino e Feminino nas Imagens de Moda Contemporânea. Um tema que percorre desde a vaidade dos jogadores de futebol até a indefinição de gêneros dos modelos nas semanas de moda.

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Tableau vivant | Inverno 2004

Em sua trajetória de duas décadas, MQ organizou uma exposição, Ruptura. Durante a exposição, serão apresentados os editoriais mais marcantes da trajetória de Queiroz, além de fotos de desfiles e catálogos, 20 looks e croquis. A mostra está dentro do evento Homem Brasileiro, que acontece até hoje, 28, no Senac Lapa Faustolo, em São Paulo, e tem entrada gratuita.

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O MSC conversou com o estilista sobre sua carreira, o futuro de suas criações – já que com o mercado em crise, Queiroz fechou a única loja em São Paulo há pouco mais de um ano e deixou de desfilar no São Paulo Fashion Week. Mario falou também sobre o mercado atual e seus 20 anos de carreira.

 

MSC: Como começou sua história no mundo da moda?

Mario: Quando ingressei no mercado de moda eu era um estudante de comunicação. Não existiam cursos de moda no Brasil e fui selecionado porque além de desenhar, era atento a moda como comportamento e já acreditava no processo criativo. Não comecei num ateliê ou trabalhando com moda de luxo, mas numa fábrica com produção imensa e uma disciplina muito severa, isso me ajudou a ver a Moda de uma forma mais ampla sem afetação.

 

MSC: Poucos são os estilistas que dirigem o foco à criação da roupa masculina e sabemos que você cria também moda feminina. Com 20 anos de carreira, tem sido um desafio durante estes anos se manter no mercado masculino?

Mario: Antes da minha marca já desenhava para diferentes segmentos do masculino: do streetwear a roupa mais clássica. Sempre tentei imprimir a novidade, mostrar que mesmo com as limitações culturais que o mundo impõe ao homem era possível fugir da uniformização. Como marca o desafio era maior porque além de criar tive que ser empresário, isso só foi possível porque sempre contei com o José Augusto Fabron que além de cuidar do desenvolvimento me ajudou a administrar o negócio.

 

MSC: As pessoas ainda tendem a ver o mundo da moda como aquela coisa super glamourosa. Mas como é a sua rotina e como você insere a moda no dia a dia?

Mario: A moda é surpreendente, é transformadora, embeleza o mundo: traz a arte para um contato direto com a nossa pele. Mas ela está relacionada a indústria e ao comércio, ela é muito cíclica e dá muito trabalho. Quem realmente atua na criação e desenvolvimento de moda não se ilude com a glamourização, sabe que isso é apenas um aspecto “fetiche” deste amplo universo.

 

MSC: A moda masculina explodiu há alguns anos. Os homens estão mais interessados, mais vaidosos e atentos ao circuito fashion. Como você explica este cenário? Há produtos/ideias para tamanha demanda? As empresas pecam em algo?

Mario: Acho que o mercado é mais medroso que o público masculino. Faltam produtos para os diferentes públicos e interesses, principalmente na moda brasileira que se acomodou e não acompanha o rítmo dos grandes centros internacionais onde o homem já tem um grande número de ofertas próximos ao que é oferecido às mulheres.

 

MSC: Você concluiu doutorado em Semiótica. Mario, você vai parar de criar?   Mario: Concluí meu mestrado e doutorado sem parar de trabalhar. Não foi fácil porque muitas pessoas param, conseguem bolsas e se dedicam a pesquisar e escrever. Fiz tudo junto, o que me ajudou a trazer minhas experiências e indagações profissionais para minha dissertação e tese.

Desde pequeno “invento moda” (rs) e não vou parar nunca, é o que me move.

 

MSC: Sua carreira no momento atual, como ela está?

Mario: Assino hoje MARIO QUEIROZ – INTELIGÊNCIA DE MODA. Dou consultoria de moda e crio minha própria coleção para a Rommanel, com linha de joias masculinas e femininas. Também sou consultor em tecelagens e confecções. Sou professor de pós-graduação em várias faculdades do país e ofereço palestras e cursos livres para empresas e universidades.

 

MSC: Que conselho você daria pra uma pessoa que tá começando no mundo da moda?

Mario: Muitos ingressam em cursos de moda sem ter ideia do volume de informações que é preciso para ser um bom profissional. È preciso muito estudo, repertório cultural, das artes à economia, das técnicas de modelagem e confecção ao marketing… Não é uma área para preguiçosos.

 

MSC: A mostra 20 anos de moda masculina de Mario Queiroz. Ruptura fica aberta até hoje, 28. Convide nosso leitores, Mário.

Mario: A exposição sobre nossos 20 anos ficará no Senac Lapa Faustolo das 8h as 21h. Existem convites para viajarmos com a Mostra… mas aproveitem esta oportunidade. E desde já convido a todos a acompanhar o HOMEM BRASILEIRO que já foi um sucesso na sua edição 2015 e que será melhor ainda em 2016! conversou com o estilista sobre sua carreira, o futuro de suas criações – já que com o mercado em crise, Queiroz fechou a única loja em São Paulo há pouco mais de um ano e deixou de desfilar no São Paulo Fashion Week. Mario falou também sobre o mercado atual e seus 20 anos de carreira.

 

MSC: Como começou sua história no mundo da moda?

Mario: Quando ingressei no mercado de moda eu era um estudante de comunicação. Não existiam cursos de moda no Brasil e fui selecionado porque além de desenhar, era atento a moda como comportamento e já acreditava no processo criativo. Não comecei num ateliê ou trabalhando com moda de luxo, mas numa fábrica com produção imensa e uma disciplina muito severa, isso me ajudou a ver a Moda de uma forma mais ampla sem afetação.

 

MSC: Poucos são os estilistas que dirigem o foco à criação da roupa masculina e sabemos que você cria também moda feminina. Com 20 anos de carreira, tem sido um desafio durante estes anos se manter no mercado masculino?

Mario: Antes da minha marca já desenhava para diferentes segmentos do masculino: do streetwear a roupa mais clássica. Sempre tentei imprimir a novidade, mostrar que mesmo com as limitações culturais que o mundo impõe ao homem era possível fugir da uniformização. Como marca o desafio era maior porque além de criar tive que ser empresário, isso só foi possível porque sempre contei com o José Augusto Fabron que além de cuidar do desenvolvimento me ajudou a administrar o negócio.

 

MSC: As pessoas ainda tendem a ver o mundo da moda como aquela coisa super glamourosa. Mas como é a sua rotina e como você insere a moda no dia a dia?

Mario: A moda é surpreendente, é transformadora, embeleza o mundo: traz a arte para um contato direto com a nossa pele. Mas ela está relacionada a indústria e ao comércio, ela é muito cíclica e dá muito trabalho. Quem realmente atua na criação e desenvolvimento de moda não se ilude com a glamourização, sabe que isso é apenas um aspecto “fetiche” deste amplo universo.

 

MSC: A moda masculina explodiu há alguns anos. Os homens estão mais interessados, mais vaidosos e atentos ao circuito fashion. Como você explica este cenário? Há produtos/ideias para tamanha demanda? As empresas pecam em algo?

Mario: Acho que o mercado é mais medroso que o público masculino. Faltam produtos para os diferentes públicos e interesses, principalmente na moda brasileira que se acomodou e não acompanha o rítmo dos grandes centros internacionais onde o homem já tem um grande número de ofertas próximos ao que é oferecido às mulheres.

 

MSC: Você concluiu doutorado em Semiótica. Mario, você vai parar de criar?   Mario: Concluí meu mestrado e doutorado sem parar de trabalhar. Não foi fácil porque muitas pessoas param, conseguem bolsas e se dedicam a pesquisar e escrever. Fiz tudo junto, o que me ajudou a trazer minhas experiências e indagações profissionais para minha dissertação e tese.

Desde pequeno “invento moda” (rs) e não vou parar nunca, é o que me move.

 

MSC: Sua carreira no momento atual, como ela está?

Mario: Assino hoje MARIO QUEIROZ – INTELIGÊNCIA DE MODA. Dou consultoria de moda e crio minha própria coleção para a Rommanel, com linha de joias masculinas e femininas. Também sou consultor em tecelagens e confecções. Sou professor de pós-graduação em várias faculdades do país e ofereço palestras e cursos livres para empresas e universidades.

 

MSC: Que conselho você daria pra uma pessoa que tá começando no mundo da moda?

Mario: Muitos ingressam em cursos de moda sem ter ideia do volume de informações que é preciso para ser um bom profissional. È preciso muito estudo, repertório cultural, das artes à economia, das técnicas de modelagem e confecção ao marketing… Não é uma área para preguiçosos.

 

MSC: A mostra 20 anos de moda masculina de Mario Queiroz. Ruptura fica aberta até hoje, 28. Convide nosso leitores, Mário.

Mario: A exposição sobre nossos 20 anos ficará no Senac Lapa Faustolo das 8h as 21h. Existem convites para viajarmos com a Mostra… mas aproveitem esta oportunidade. E desde já convido a todos a acompanhar o HOMEM BRASILEIRO que já foi um sucesso na sua edição 2015 e que será melhor ainda em 2016!